quinta-feira

Reveillon

Eu queria encontrar palavras que descrevessem. Todas as cores, gestos, cheiros. Todos os sabores bêbados. Todas as imagens trêmulas. 31/12. Passa da meia-noite. Todos se abraçam com a chegada do novo recomeço. Precisamos de sorte. De morte. De ver. Ver que correr pela rua longa para ver aquilo que nunca se viu é amor. Que inocentemente, num gesto de quem se sente feliz, ao puxá-lo pelas mãos, é o amor quem comanda. É a confiança advinda dele, do amor que bate na aorta, que nos leva a perder o medo. É o beijo que não se sente, mas se recebe de madrugada. O carinho delicado de quem não quer acordar. Amor é ter confiança. Em si. É saber que aquele pouco é nada. Porque o amor... Explicações. Sei que essa cena jamais será esquecida. De mãos dadas, corremos lado a lado, na mesma velocidade, porque ali havia. Amor,?!...