quinta-feira

DEVENTRE

A ponta de um cigarro ilumina a completa escuridão. A luz de uma lua artificial entra pela janela. Um pigarro atrapalha por alguns milésimos de segundos a voz que quer falar. A dele fala, mas não cala a de Melissa. “Estava por aí!” – soltando um leve, porém, doce aroma. Os olhos assustados de Rodrigo parecem não acreditar na idade da menina. Logo depois, ele compreende o cheiro de rosas frescas.Uma leve cochilada. As buzinas e os freios dos frios automóveis despertam-no. Ele a examina com seu olhar bêbado-experiente. A menina adormecida ainda carrega um aroma fruto da estranha mistura rosas frescas, sangue, vodka, bala de melancia e algum suor. Ele levanta com a habilidade dos gatos, prepara um café e a convida. Ela sorri e diz que sim. Mal sabia ele o tanto que ela tinha a dizer.

Um comentário:

Priscila de Oliveira disse...

EleS costumam não esperar o tanto que temos a dizer mesmo... Normal julgar dessa maneira. Ou não... Só tem a perder aquele que ignora...

Beijocas, lindona.